terça-feira, 27 de março de 2012

Salva (Salvia officinalis)


O seu nome “Salva” foi-lhe dado pelas suas imensas capacidades medicinais, tendo sido mesmo considerada sagrada durante a Idade Média.

Existem cerca de 500 variedades de salvas sendo todas elas extremamente aromáticas e medicinais.

Salva purpura
Habitat: A salva prefere solos bem drenados, secos e leves, não gosta de solos ácidos.

Propagação: Por estaca no final da Primavera, com intervalos de 30cm entre plantas. Plantas já estabelecidas e lenhosas podem ser transplantadas. (Também pode ser propagada por semente mas demora muito mais tempo)

Colheita/Manutenção: A época perfeita para a colheita das suas folhas é quando já tem flores mas estas ainda não abriram, devendo-se fazê-lo nos horários mais frescos do dia. Pode levemente na Primavera para encorajar o crescimento de folhas novas com gosto acentuado e novamente após a floração, no fim do Verão, de forma a remover todas as partes mortas da planta evitando doenças.

Maneira de Usar: 30g da planta para 1L de água, deixar levantar fervura, apagar e deixar 10 min a repousar. Tomar 3 a 4 copos por dia.

A variedade com maiores propriedades medicinais é a Salva purpura, de folha avermelhada.

Indicada para tratar infecções da garganta, boca e gengivas. Cura constipações e gripes, é anti-bacteriana, anti-microbiana e anti-inflamatória.
Ajuda a regular a menstruação combatendo as dores e os espasmos. É um tónico digestivo e alivia sintomas de diarreia.

Equilibra o sistema nervoso e é útil no tratamento de vários problemas da menopausa, reduzindo, por exemplo, a sudação e os afrontamentos, ajudando o organismo a adaptar-se às mudanças típicas desta fase.

Uma ou duas folhas mastigadas depois das refeições refrescam o hálito e estimulam a produção de sucos digestivos. É ainda útil para aliviar e desinflamar o efeito das picadas de insectos, cicatrizar feridas e úlceras cutâneas e herpes, em forma de compressas feitas com uma infusão ou as folhas aplicadas directamente.

Horta e Jardim: A salva é uma herbácea de fácil cultivo. É boa companheira das couves, protegendo-as da borboleta branca e tornando tanto as couves, como as outras hortícolas, mais suculentas e saborosas. Protege a cenoura contra a mosca e é benéfica para o alecrim e as favas. Porém, não deve cultivar-se junto ao pepino que não gosta da presença das aromáticas, especialmente da salva. As suas flores atraem vários insectos, especialmente abelhas e borboletas.


Culinária: Na Idade Média era muito utilizada, principalmente para conservar (devido às suas propriedades anti-bacteriana) e dar sabor aos pratos de porco e aves. Pode também fritar as folhas depois de mergulhadas num polme de farinha, ovo e leite. Antes de cozinhar as folhas mergulhe-as em água quente para que os óleos cheguem à superfície e acentuem o sabor.

Cosmética: É muito utilizada no fabrico de champôs, cremes de beleza e after-shave. Se deixar num frasco a macerar em vinagre várias folhas e flores frescas de salva durante duas ou três semanas, poderá depois utilizar esta loção para enxaguar o cabelo, tornando-o mais escuro, brilhante e forte e ajudando a combater a caspa.

Atenção: A salva não é aconselhada a mulheres grávidas nem a amamentar. Não se deve tomar mais de um mês seguido pois é ligeiramente tóxica

quarta-feira, 7 de março de 2012

Oregãos

Utilizada desde o Antigo Egipto como desinfectante e conservante, tem propriedades anti-tússicas, anti-bacterianas, anti-fúngicas e anti-sépticas.

Tendo, assim, aplicação em infecções catarrais, debilidade do estômago, digestões difíceis, asma, falta de apetite e tosse.


Forma de Usar: 30g de sumidades floridas para 1L de água, deixar levantar fervura, apagar e deixar 10min a repousar. Tomar 2 a 3 chávenas por dia, fora das refeições.

É ainda utilizada para dores de dentes, pisando as flores e aplicando-as em massa sobre o dente doente, ou, ainda, fervidas em vinagre para bochechar a boca, varias vezes ao dia.

Para a queda do cabelo usa-se a água de ferver as flores, fricciona-se o couro cabeludo e abafa-se com um pano de lã forte.

Culinária: Muito utilizada para temperar de azeitonas, saladas de tomate e pepino e também caracóis.

Habitat: Gosta de solos secos, bem drenados e alcalinos, zonas bem expostas ao sol, podendo aparecer até em zonas rochosas. É resistente à geada.

Propagação: Por semente Janeiro e Fevereiro em viveiro, ou em local definitivo de Abril a Junho, misturando as pequenas sementes com areia ou farinha para ser mais fácil distribui-las. Pode ainda propagar-se por estaca no Verão ou por divisão de tufo na Primavera ou após a floração.

Colheita/Manutenção: Antes da floração colha folhas para usar verdes ou secas. Durante o Verão, colha folhas e flores. Após a floração desbaste para encorajar a emissão de novos lançamentos, os quais ajudarão a proteger a planta do Inverno.
Alimente-a uma vez na Primavera e outra após o desbaste, com um fertilizante líquido à base de consolda.

Horta/Jardim: Atraem abelhas e borboletas sendo assim uma planta óptima para consociar, aumentando a fertilidade da horta.

Atenção: Não use para efeitos medicinais durante a gravidez.