O seu nome “Salva” foi-lhe dado pelas suas imensas capacidades
medicinais, tendo sido mesmo considerada sagrada durante a Idade Média.
Existem cerca de 500 variedades de salvas sendo todas elas extremamente
aromáticas e medicinais.
Salva purpura |
Propagação: Por estaca no final da Primavera, com intervalos de 30cm entre plantas.
Plantas já estabelecidas e lenhosas podem ser transplantadas. (Também pode ser
propagada por semente mas demora muito mais tempo)
Colheita/Manutenção: A época perfeita para a colheita das suas folhas é
quando já tem flores mas estas ainda não abriram, devendo-se fazê-lo nos
horários mais frescos do dia. Pode levemente na Primavera para encorajar o
crescimento de folhas novas com gosto acentuado e novamente após a floração, no
fim do Verão, de forma a remover todas as partes mortas da planta evitando
doenças.
Maneira de Usar: 30g da planta para 1L de água, deixar levantar
fervura, apagar e deixar 10 min a repousar. Tomar 3 a 4 copos por dia.
A variedade com maiores propriedades medicinais é a Salva purpura, de
folha avermelhada.
Indicada para tratar infecções da garganta, boca e gengivas. Cura
constipações e gripes, é anti-bacteriana, anti-microbiana e anti-inflamatória.
Ajuda a regular a menstruação combatendo as dores e os espasmos. É um
tónico digestivo e alivia sintomas de diarreia.
Equilibra o sistema nervoso e é útil no tratamento de vários problemas
da menopausa, reduzindo, por exemplo, a sudação e os afrontamentos, ajudando o
organismo a adaptar-se às mudanças típicas desta fase.
Uma ou duas folhas mastigadas depois das refeições refrescam o hálito e
estimulam a produção de sucos digestivos. É ainda útil para aliviar e
desinflamar o efeito das picadas de insectos, cicatrizar feridas e úlceras
cutâneas e herpes, em forma de compressas feitas com uma infusão ou as folhas
aplicadas directamente.
Horta e Jardim: A salva é uma herbácea de fácil cultivo. É boa
companheira das couves, protegendo-as da borboleta branca e tornando tanto as
couves, como as outras hortícolas, mais suculentas e saborosas. Protege a
cenoura contra a mosca e é benéfica para o alecrim e as favas. Porém, não deve
cultivar-se junto ao pepino que não gosta da presença das aromáticas,
especialmente da salva. As suas flores atraem vários insectos, especialmente
abelhas e borboletas.
Culinária: Na Idade Média era muito utilizada, principalmente para conservar (devido
às suas propriedades anti-bacteriana) e dar sabor aos pratos de porco e aves.
Pode também fritar as folhas depois de mergulhadas num polme de farinha, ovo e
leite. Antes de cozinhar as folhas mergulhe-as em água quente para que os óleos
cheguem à superfície e acentuem o sabor.
Cosmética: É muito utilizada no fabrico de champôs, cremes de beleza e
after-shave. Se deixar num frasco a macerar em vinagre várias folhas e flores
frescas de salva durante duas ou três semanas, poderá depois utilizar esta loção
para enxaguar o cabelo, tornando-o mais escuro, brilhante e forte e ajudando a
combater a caspa.
Atenção: A salva não é aconselhada a mulheres grávidas nem a amamentar. Não se deve tomar mais de um mês seguido pois é ligeiramente tóxica